Talvez você conheça de vista, tenha esbarrado em uma esquina literária metafórica em reforma e comentado naquela noite de vinhos que sentia ar de mudança.

Você sente o silêncio como prelúdio do que está por vir: quando uma mente inquieta cruza a avenida da subversão – do latim subversio, que implica a transformação destrutiva da inversão da ordem –, alguma faísca há de brilhar. Se forte ou fraco, deixamos aqui à mercê da perspectiva de cada um ditar o comprimento da alteração interna diante das palavras que se cruzam e descruzam, ditando prosódias de volumes distintos. mas tira um minuto para pensar, talvez até repensar: esses estilhaços de literatura se transformando em outra fazem barulho por aí?

Porque a gente sabe que tem mudança que acontece na surdina. tem poesia sussurrada e prosa que se grita, nesse vai e vem de vozes escritas. e. e. commings, gertrude stein, lewis carroll, james joyce, haroldo de campos, virginia woolf e hilda hilst reescreveram o próprio jeito de escrever, junto com tantos outros que nós e vocês podemos pensar.

São palavras reordenadas, jogadas em dimensões de densidades distintas que nos puxam, como leitores, às camadas que se formam na subjeção do subversivo. Conta pra gente, na sua própria reordenação da ordem: a sua subversão faz barulho? A destes autores todos faz:

• Vachel Lindsay;
• Geoffrey Chaucer;
• Amiri Baraka;
• Lydia Davis;
• Valêncio Xavier;
• Lewis Carroll;
• Gertrude Stein;
• Evandro Affonso Ferreira;
• Alain Robbe Grillet;
• Michael Joyce;
• Maria Gabriela Llansol;
• Haroldo de Campos.